Conceito de Perceção
Tudo aquilo que nós
ouvimos, vemos, saboreamos, sentimos ou cheiramos é criado pelos
mecanismos dos nossos sentidos. O conceito de perceção tem fascinado
filósofos, investigadores e estudantes durante centenas de anos, havendo
hoje uma maior compreensão dos mecanismos responsáveis pela perceção.
A perceção é algo que
não acontece apenas; é o resultado final de processos complexos, muitos
dos quais não estão ao alcance da nossa consciência. A nossa perceção do
mundo representa apenas uma pequena parte de tudo o que está a acontecer
enquanto nós percecionamos.
Assim, o objetivo da
investigação em perceção é compreender cada etapa do processo percetivo
que leva à perceção, reconhecimento e ação, sendo esta uma experiência
sensorial consciente. O processo preceptivo traduz-se numa sequência de
processos que operam em conjunto para determinar a nossa experiência e
reação aos estímulos no ambiente. Este processo é composto por quatro
categorias, são elas o estímulo (o que está no ambiente, o que se presta
atenção e estimula os recetores), a eletricidade (sinais elétricos
criados pelos recetores e transmitidos ao cérebro), a experiência e a
ação (objetivo do individuo: perceber, reconhecer, e reagir ao
estímulo), e o conhecimento (conhecimento envolvido na situação
percetiva).
No estudo da perceção
extem duas principais abordagens, sendo que cada uma mostra informação
diferenciada sobre o processamento percetivo. A abordagem psicofísica da
perceção refere-se à relação entre as propriedades físicas do estímulo e
as respostas percetivas a esses estímulos. Já a abordagem fisiológica da
perceção pressupõe a mediação da relação entre o estímulo e o processo
fisiológico e entre o processo fisiológico e a perceção.
As influências
cognitivas da perceção (processamento top-down) constituem-se pelo
conhecimento, memórias e expetativas que as pessoas trazem para a
situação e que, consequentemente, influenciam as suas perceções.
Procure outros termos na nossa enciclopédia
|
|
|