Apresentação do Caso do Pequeno Hans
O caso clinico “O
Pequeno Hans”, foi publicado em Três Ensaios Sobre a Teoria da
Sexualidade, 1905 e em artigo, e apesar de ter sido relatado por S.
Freud como sendo o psicanalista do pequeno Hans, na verdade, o autor
esteve numa posição de supervisão do Pai desta criança de 5anos. Este
ultimo, através do relatos da sua esposa sobre a psicanalise, decidiu
escrever a S. Freud, a propósito dos comportamentos do seu filho Herbert
Graf (1903 - 1973), mais conhecido por O Pequeno Hans -.
Max Graf descreveu a
sua preocupação com o comportamento do seu filho, principalmente em
relação a uma parte do corpo a que a criança chamava o “faz-chichi”. O
pequeno Hans atribuía a todos os animais um “faz-chichi” e
questionava a mãe, e depois a irmã, em relação ao “faz-chichi”. A mãe da
criança disse-lhe, um dia, que se ele mexesse no “pipi” que mandava vir
um médico a sua casa para o cortar. Dos comentários diversos sobre
diversos episódios, que S. Freud escreveu ao pai da criança,
salientam-se a descoberta das diferenças sexuais entre o feminino e o
masculino, a descoberta e vivência da angústia de castração e o
polimorfismo sexual perverso das crianças. Também foi alvo de
comentário as manifestação de auto-erotismo e a escolha objetal.
Daquilo que igualmente se destaca neste caso e que o faz ser noticia e
publicação é o medo dos cavalos que o pequeno Hans tinha
e que foi amplamente relatado e mencionado em diversos artigos.
O “ sonho de
punição” foi o que o autor descreveu como sendo representativo da
angústia de castração vivenciada em grande sofrimento pelo menino. Nesse
sonho é relatado o poder dar mimos à sua querida mãe contudo essa
tinha-se ido embora. Na realidade, este sonho estava associado aos
passeios que o pequeno Hans dava na rua com a ama que dele
cuidava. Nesses passeios o menino mostrava muita ansiedade, chorando e
tendo que ser levado de volta para casa, tal como ele explicava, em
angústia, para fazer mimos à sua mãe. Quando interrogado sobre
esta situação, o menino disse que tinha medo que os cavalos lhe
mordessem. A mãe do pequeno Hans também fez a experiência de
o levar a passear, em vez da ama, contudo o medo dos cavalos manteve-se
e o pequeno Hans continuava a recursar-se em sair. S. Freud,
relatou este caso como sendo de angústia e fobia. Embora tivesse
na supervisão do caso, assiste ao aumento das fobias e da angustia no
pequeno Hans, tendo esta se ampliado a outros animais tais como
girafas, elefantes e pelicanos. Segundo o autor, o pequeno Hans
sentia-se assustado com determinado tipo de animais uma vez que se
sentia frustrado e assustado com o seu próprio sexo, em especial com a
sua dimensão. Freud relatou estas reações como uma resposta à
angústia de castração. Por fim, sempre na supervisão do caso, o
pequeno Hans consegue vencer a sua angústia de castração e sair do
édipo.
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