Conceito de Musicoterapia
Uma das técnicas
complementares que pode ser utilizada na prevenção da depressão é a
musicoterapia. Esta consiste no uso de música e de instrumentos
musicais, de modo a promover a relação entre o musicoterapeuta e o
cliente ou o grupo, a comunicação, a aprendizagem, a expressão, bem como
a organização, quer física, quer emocional, mental ou social, para que
seja possível recuperar certas funções do sujeito, que o permitam
alcançar uma melhor integração intra e interpessoal e, naturalmente, uma
maior qualidade de vida (Backes et al., 2003; cit. por Fonseca et al.,
2006).
Os principais
representantes desta técnica são os argentinos Diego Schapira, membro da
Federação Mundial de Musicoterapia, e Rolando Benenzon, conhecido por
aplicar a musicoterapia em pacientes com autismo, em coma, e em casos de
Alzheimer (Fonseca et al., 2006).
A musicoterapia é um
processo clínico-terapêutico que se relaciona com os cuidados de saúde e
é uma forma inovadora, simples e criativa no alívio da dor e no
tratamento de distúrbios psicossomáticos e físicos. Assim, vários
autores referem que esta provoca uma sensação de paz, alegria,
tranquilidade e bem-estar. A música tem a capacidade de minimizar os
pensamentos negativos e, assim, o humor deprimido pode ser substituído
por um outro estado de ânimo (Backes et al., 2003; Giannotti & Pizzoli,
2004; cit. por Fonseca et al., 2006).
De acordo com
Giannotti e Pizzoli (2004; cit. por Fonseca et al. 2006), ouvir música
liberta importantes substâncias químicas cerebrais, que regulam o humor,
diminuem a agressividade, a depressão, e melhoram o sono. Deste modo, a
utilização da música em contexto de saúde mental permite uma melhor
interação do profissional de saúde com o respetivo cliente, sendo uma
importante alternativa terapêutica capaz de alterar comportamentos,
estados de humor e, principalmente, as relações interpessoais (Backes et
al., 2003; Mateus, 1998; cit. por Fonseca et al., 2006).
Deste modo, a
musicoterapia e um importante processo na recuperação da saúde humana,
na medida em que intervém de modo positivo nos mecanismos biológicos,
dando origem a uma maior qualidade de vida aos pacientes que se deparam
com uma situação de grande fragilidade e sofrimento (Fonseca et al.,
2006).
Apesar de todos os
benefícios decorrentes da musicoterapia, esta ainda parece ser
contestada quanto aos seus resultados terapêuticos e cientificidade dos
seus métodos. Do mesmo modo, verifica-se uma falta de reconhecimento,
bem como de investimentos, na implementação da musicoterapia em serviços
de saúde (Fonseca et al., 2006).
Referências
bibliográficas:
-
Fonseca, K., Barbosa, M., Silva, D., Fonseca, K.,
Siqueira, K., & Souza, M. (2006). Credibilidade e efeitos da música como
modalidade terapêutica em saúde. Revista Electrónica de Enfermagem, 8(3),
398-403.
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