Conceito de Modelo Piagetiano
Na
abordagem psicométrica eram medidas as diferenças individuais na
quantidade de inteligência que as crianças (ou adultos) têm; por sua
vez, Piaget propõem sequências universais de desenvolvimento cognitivo
ao longo da infância e adolescência.
No
modelo de Piaget são descritas mudanças típicas no funcionamento
cognitivo das crianças e adolescentes, sempre tendo em consideração a
interação entre os fatores inatos e a experiência, e que a pessoa tem um
papel ativo no desenvolvimento.
Este
modelo contempla quatro estádios cognitivos. O primeiro é o estádio
sensório-motor, que decorre desde o nascimento até aos 2 anos.
Piaget preconiza que os bebés aprendem através da atividade sensorial e
motora, e que as respostas complexificam-se dos reflexos e
comportamentos aleatórios para respostas orientadas por objetivos. O
segundo estádio é o pré-operatório (período pré-escolar, dos 2
aos 7 anos); as crianças começam a ser mais proficientes no uso do
pensamento simbólico mas ainda não conseguem usar a lógica. Em seguida
surge o estádio das operações concretas, que se situa entre os 7
e os 12 anos; neste estádio a criança desenvolve a capacidade de usar o
pensamento lógico mas ainda não é capaz de usar o pensamento abstrato.
As crianças encontram-se limitadas a um pensamento sobre situações
reais, do aqui e afora. O quarto e último estádio de desenvolvimento é o
das operações formais; segundo Piaget os adolescentes atingem
este estádio assim que desenvolvem o pensamento abstrato. A compreensão
do mundo deixa de ser vista em termos daquilo que é para aquilo que pode
ser. Os adolescentes são agora capazes de usar o raciocínio
hipotético-dedutivo, que se traduz na capacidade de desenvolver,
considerar e pensar hipóteses.
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