Conceito de Humanismo
Os
modelos humanistas vêm contrariar as visões deterministas, quer internas
quer externas, defendidas por outros modelos. Os humanistas surgem com
uma visão otimista do ser humano. Para a psicologia
humanista/fenomenológica o motivador máximo do comportamento e
experiência humana é o esforço para a atualização e perfeição do self.
Os psicólogos humanistas defendem que todas as pessoas são
potencialmente auto-atualizadoras.
Estes
modelos concebem 4 perspetivas da motivação humana; a perspetiva
otimista, em que as pessoas são basicamente boas, razoáveis e capazes de
ter uma vida feliz, daí esforçarem-se para a obtenção dos objetivos que
são positivos para elas e para os outros, tentarem tomar boas decisões e
normalmente saberem o que fazem e o porquê do que fazem. As teorias mais
representativas desta visão otimista são as teorias humanistas de Carl
Rogers e Abraham Maslow. A perspetiva pessimista advoga que as pessoas
são, na maioria das vezes, más e miseráveis; já a perspetividade da
neutralidade pensa o indivíduo como não sendo bom nem mau – este é
basicamente vazio e nulo. A perspetiva da diversidade defende que as
pessoas são muitas coisas diferentes, e que diferentes pessoas têm
diferentes objetivos.
A
teoria
preconizada por Rogers prevê que a pessoa seja compreendida através do
seu campo fenomenológico, representando este o panorama completo da
experiência e da apreensão subjetiva da realidade da pessoa. Isto é a
estrutura conceptual total da pessoa, que só pode ser completamente
compreendida pela própria. As origens do comportamento estão, segundo
Rogers, no campo fenomenológico, que compreende os conflitos
inconscientes, as necessidades biológicas, influências ambientais e
outras forças. A empatia é, neste sentido, importante pois é uma forma
de tentar conhecer o campo fenomenológico do indivíduo.
O
comportamento
humano seria guiado por uma necessidade de atualização. A teoria de
motivação de Rogers rege-se por um único princípio – desenvolver todas
as capacidades do organismo. O objetivo fundamental de cada pessoa é
tornar-se tudo aquilo em que pode e preencher o seu potencial interno.
As pessoas mudam através de escolhas conscientes e direcionadas por
objetivos. A pessoa que está capaz de preencher o seu potencial interno
é descritiva como completamente funcional. Esta está, assim,
conscientemente alertada por diversos fatores da sua vida e está capaz
de integrar aspetos aparentemente inconscientes da sua experiência num
todo coerente. As pessoas funcionais tiveram, à partida, aceitação
positiva incondicional, isto é, foram amadas e não foram criticadas.
A
teoria
de Rogers defende uma visão não-diretiva e otimística do homem. Rogers
não procurou, como as outras teorias, técnicas ou métodos de intervenção
no paciente. Procurou antes desenvolver uma relação de confiança e de
apoio total entre o psicólogo e o cliente. O primeiro não impõe regras
nem juízos ao segundo criando assim uma relação de empatia e de
confiança mútua, que muitos consideram utopia.
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