Caso do Homem dos Ratos (1909)
O Homem dos Ratos
foi o nome que S.Freud deu a um dos seus pacientes favoritos. Na
descrição e na análise deste caso clínico é dito pelo autor que este
caso foi um dos seus melhores casos clínicos com a cura completa do
paciente. Ernst Lanzer é o nome verdadeiro do homem dos ratos.
Ernst procurou S. Freud a propósito das suas obsessões,
em especial por ratos e uma dívida.
Ernst Lanzer pertencia
a uma família da classe média burguesa e após o falecimento do, seguiu à
sua semelhança a carreira militar. É em ambiente de guerra que a sua
neurose obsessiva se intensifica e desse mesmo ambiente que Ernst Lanzer
começou a ser atormentado por estranhas obsessões sexuais e mórbidas.
Entre estas relatam-se o seu prazer com
funerais e ritos de morte, tentações suicidas e também é relatado com
grande importância a experiência que mais o marcou: tortura com ratos.
Em síntese, um dos
capitães tinha por hábito torturar os prisioneiros de guerra despindo-os
e de dorso para si e dobrados no chão, colocava uma vasilha presa às
nádegas com um rato lá dentro, perto do seu ânus. Torturava o animal de
tal forma que este, preso na vasilha, para escapar à morte acabava por
entrar pelo ânus do prisioneiro, levando pois os dois à morte com dores
incalculáveis. A este episódio terá ficado associado um outro
relacionado com uma dívida. Nesse mesmo dia do relato do capitão, Ernst
terá perdido os óculos, tendo que encomendar uns novos e sendo obrigado
a paga-los. Este episódio, segundo S. Freud ficou ainda associado a um
outro, a dívida de seu pai, sendo então estes episódios os mais
importantes motivos de análise e promotores da cura de um tratamento
psicanalítico que durou cerca de 9 meses. Foi um dos casos de sucesso de
S. Freud. Sete anos mais tarde, o próprio Ernst Lanzer que casou com a
sua amada também relatada, foi feito prisioneiro de guerra tendo
falecido vítima do infortúnio semelhante ao que teria relatado em
análise - prisioneiro de guerra.
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