Ciências Sociais e Humanas

Psicologia

Homem dos Lobos, o Caso de

Autor: Paula Dias

Mestre em Psicopatologia e Psicologia Clinica

Data de criação: 20/04/2015

Resumo: Apresentação do Caso o Homem dos Lobos (1918)...

O Homem dos Lobos é um caso clínico S. Freud que teve lugar entre Janeiro de 1910 e 28 de Junho de 1914. Foi retomado entre Novembro de (...)

Palavras chave:  psicologia

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O Caso do Homem dos Lobos

O Homem dos Lobos é um caso clínico S. Freud que teve lugar entre Janeiro de 1910 e 28 de Junho de 1914. Foi retomado entre Novembro de 1919 a Fevereiro de 1920. Sendo numa terceira vez, recusado pelo autor e reencaminhado para uma analisanda deste. Foi diagnosticado por S. Freud como uma neurose, tendo anteriormente e posteriormente sido considerada uma perturbação de natureza psicótica. O relato de Serguei Constantinnovitch Pankejeff foi publicado por S. Freud em 1918 sob o título História de uma Neurose Infantil.

Serguei Constantinovitch Pankejeff começou a apresentar sintomas já na sua infância. Diversos acessos de depressão o levaram a diferentes sanatórios e hospícios até ser encaminhado para S. Freud por um médico da sua terra natal – Odessa-. Pertencente à aristocracia do sul da Rússia, Serguei esteve em tratamento com Freud por cerca de 4 anos e poucos meses. Dos relatos que S. Freud faz sobre este caso, a alusão ao Homem dos Lobos remete-nos para um sonho de Serguei quando este tinha 4 anos. Em síntese, o menino sonha com 6 a 7 lobos sentados numa grande nogueira. Lobos brancos que o queriam devorar. S. Freud fez alusão à sexualidade infantil e uma associação à cena primária. Dos restantes relatos que S. Freud faz sobre este caso, salientam-se as manifestações transferenciais de grande intensidade, as blasfémias intensas a Deus e à Santíssima Trindade, a relação ao ânus e a psicossomática de obstipação crónica e a rejeição do paciente a compreender a sexualidade além a relação sexual pelo ânus. S. Freud voltou a receber Serguei para novo tratamento de 4 meses e para o curar definitivamente mas o tratamento resumiu-se a uma identificação do paciente com o homem dos lobos nunca alcançada e um decréscimo nos sintomas. Anos mais tarde, S. Freud recusou-se a receber novamente o paciente e este foi consultado por uns quantos analistas, não tendo os sintomas desaparecido até ao seu falecimento.

 

 

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