O Caso do Homem dos Lobos
O Homem dos Lobos
é um caso clínico S. Freud que teve lugar entre Janeiro de 1910 e 28 de
Junho de 1914. Foi retomado entre Novembro de 1919 a Fevereiro de 1920.
Sendo numa terceira vez, recusado pelo autor e reencaminhado para uma
analisanda deste. Foi diagnosticado por S. Freud como uma neurose, tendo
anteriormente e posteriormente sido considerada uma perturbação de
natureza psicótica. O relato de Serguei Constantinnovitch Pankejeff foi
publicado por S. Freud em 1918 sob o título
História de uma Neurose Infantil.
Serguei
Constantinovitch Pankejeff começou a apresentar sintomas já na sua
infância. Diversos acessos de depressão o levaram a diferentes
sanatórios e hospícios até ser encaminhado para S. Freud por um médico
da sua terra natal – Odessa-. Pertencente à aristocracia do sul da
Rússia, Serguei esteve em tratamento com Freud por cerca de 4 anos e
poucos meses. Dos relatos que S. Freud faz sobre este caso, a alusão ao
Homem dos Lobos remete-nos para um sonho de Serguei quando este
tinha 4 anos. Em síntese, o menino sonha com 6 a 7 lobos sentados numa
grande nogueira. Lobos brancos que o queriam devorar. S. Freud fez
alusão à sexualidade infantil e uma associação à cena primária. Dos
restantes relatos que S. Freud faz sobre este caso, salientam-se as
manifestações transferenciais de grande intensidade, as blasfémias
intensas a Deus e à Santíssima Trindade, a relação ao ânus e a
psicossomática de obstipação crónica e a rejeição do paciente a
compreender a sexualidade além a relação sexual pelo ânus. S. Freud
voltou a receber Serguei para novo tratamento de 4 meses e para o curar
definitivamente mas o tratamento resumiu-se a uma identificação do
paciente com o homem dos lobos nunca alcançada e um decréscimo
nos sintomas. Anos mais tarde, S. Freud recusou-se a receber
novamente o paciente e este foi consultado por uns quantos analistas,
não tendo os sintomas desaparecido até ao seu falecimento.
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