Conceito de Estilo Parental
Entende-se por estilo
parental o conjunto de atitudes e estratégias, enquadradas e
sinalizadoras de um determinado contexto emocional, que caracterizam o
modo como os pais ou cuidadores educam os seus filhos, caracterizando-se
assim por padrões de interacção e socialização entre ambos. São três os
estilos comummente adoptados pelas figuras parentais: O estilo
autoritário, caracterizado pela monitorização rígida do cumprimento das
regras, contingências punitivas por aplicação, quer físicas (e.g.
bater), quer verbais (e.g. crítica ao desempenho escolar ou ao modo como
se relaciona com os outros), na presença de uma comunicação
tendencialmente agressiva (por oposição a assertiva) e na ausência de
expressão emocional e afectiva; o estilo permissivo, caracterizado pela
ausência de limites e regras, ou da sua presença de uma forma
inconsistente ou não estruturada, verificando-se porém a presença de
expressão de emoção e afecto; e o estilo autoritativo ou democrático,
caracterizado pela expressão emocional e afectiva na presença de
consistência de regras e estabelecimento de limites firmes, embora
flexíveis e responsivos às necessidades dos filhos. Neste último estilo,
os pais estabelecem contingências face aos comportamentos adequados ou
desadequados dos seus filhos. Os diferentes estilos parentais
apresentam-se ou mais ou menos efectivos na educação das crianças,
revelando consequências na forma como estas vão construindo o modo como
se perspectivam a si, aos outros e ao mundo, bem como na construção da
sua autonomia, diferenciação e auto-eficácia percebida na resolução de
problemas. O estilo autoritativo ou democrático dos pais tem sido
associado a um maior nível de adaptação e de bem-estar psicológico no
desenvolvimento dos filhos, nomeadamente na aprendizagem de competências
sociais (e.g. resolução de problemas sociais), emocionais (e.g.
regulação emocional) e na auto-regulação da aprendizagem escolar.
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