Conceito de Estatutos de Identidade
A
adolescência
é uma fase complexa do desenvolvimento, carregada de oportunidades,
desafios, riscos e mudanças a todos os níveis – físico, emocional,
psicológico, social. É nesta fase que se começa a construir um sentido
do Eu mais apurado, não sendo este um processo estanque, nem
fechado.
Neste
sentido, e tendo em consideração os vários percursos possíveis que os
adolescentes podem seguir, o que é faz com que diferentes adolescentes
trilhem caminhos tão díspares na construção da sua identidade?
A
construção
da identidade é um processo essencial, que vai repercutir-se pela vida
adulta.
James
Marcia concetualiza a identidade como “uma organização interna,
auto-construída, dinâmica, de impulsos, capacidade, crenças e história
individual”. A investigação levada a cabo por este psicólogo mostra que
as fases de desenvolvimento da identidade dependem da presença ou
ausência de crise e compromisso, relacionando-se estas, também, com
alguns aspetos da identidade. Assim, a crise seria um período de tomada
de decisão relacionada com a formação da identidade, e o compromisso o
investimento na vida profissional e nas ideologias.
Os
estatutos
da identidade contemplam a Identidade Realizada – período onde
são exploradas várias alternativas, havendo um compromisso com as
decisões tomadas após uma crise; Identidade Outorgada –
existência de um comprometimento com as escolhas que os outros traçam
para a sua vida, sem chegar a vivenciar um período de exploração de
alternativas; Moratória – busca ativa e constante de alternativas
e compromissos e Difusão da Identidade – inexistência de
compromissos e desinvestimento na busca de alternativas.
Estes
estatutos parecem relacionar-se com caraterísticas como ansiedade,
autoestima, raciocínio moral e padrões de comportamento.
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