Conceito de Envelhecimento Activo
O
envelhecimento
pode ser compreendido como um processo de desenvolvimento, que ocorre
desde o início até ao fim da vida de cada indivíduo. Usualmente este
processo é enfatizado no estádio de vida a partir dos 65 anos de idade,
correspondente à idade adulta avançada ou velhice, caracterizado pela
presença de manifestações normativas, isto é, ditas normais de
envelhecimento, designadas por senescência (perdas físicas, psicológicas
e sociais). A pertinência do paradigma do envelhecimento activo decorre
do crescente aumento da esperança média de vida e consequente aumento da
população idosa, bem como da necessidade de ir ao encontro daquelas que
são as suas necessidades em prol da manutenção ou optimização do
bem-estar físico, psicológico e social dos indivíduos. Neste sentido, o
envelhecimento activo pressupõe que não é somente na presença de
senilidade (quadros de doença ou perturbação) que se devem verificar
medidas de estimulação e compensação de recursos e capacidades na
população idosa, pretendendo-se também enquanto medida preventiva,
acrescendo que a resposta às necessidades desta população implica a
promoção de meios através dos quais os indivíduos optimizem,
individualmente e no contexto da sociedade, a experiência e vivência de
estádios de vida avançados. De acordo com a Organização Mundial de Saúde
(OMS), o envelhecimento activo é entendido como um processo contínuo ao
longo da vida que tem como objectivo a promoção do bem-estar nos seus
domínios físico, psicológico e social, promovendo as expectativas de
saúde, participação e autonomia, aumentando a qualidade de vida dos
indivíduos à medida do seu envelhecimento. Com efeito, sugere-se
fundamental a optimização das funções cognitivas, através da estimulação
cognitiva (e.g. memória, atenção e raciocínio); o investimento
relacional, de manutenção de vínculos e socialização, como medida de
redução do isolamento social que tende a verificar-se pela diminuição
das redes sociais de suporte; a participação activa na comunidade (e.g.
participação em actividades sociais e culturais locais ou outras), bem
como a autonomia e independência, nomeadamente na manutenção sempre que
possível das actividades instrumentais da vida diária (e.g. higiene
pessoal), que deste modo maximizem a percepção de auto-controlo e
auto-eficácia. A estimulação em diferentes domínios permite uma
integração e promoção de qualidade de vida biopsicossocial que contribui
para a resolução mais adaptativa das tarefas de desenvolvimento
inerentes à velhice, nomeadamente a preservação da vida com significado,
apesar das perdas normativas inerentes a este estádio.
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