Conceito de Emoção Secundária
As emoções secundárias
são caracteristicamente aprendidas e não adaptativas, camuflando as
emoções primárias adaptativas, isto é, constituindo-se como mecanismos
de defesa em resposta às emoções adaptativas. As defesas construídas
pelo indivíduo tendem a impossibilitar o contacto com as emoções
primárias adaptativas (e.g. É natural e mentalmente saudável
experienciar tristeza face a uma perda. Ao invés de experienciar
tristeza, o indivíduo pode experienciar secundariamente ou reactivamente
zanga), não permitindo assim ao indivíduo agir em resposta àquelas que
são as suas necessidades psicológicas numa determinada situação (e.g.
Numa situação de perda, a necessidade do indivíduo pode ser a de
proximidade, suporte e conforto. A zanga reactiva, por sua vez, tende a
promover o evitamento interpessoal e por conseguinte não promover a
satisfação da necessidade que a pessoa apresenta). O evitamento da
experiência emocional primária adaptativa pode decorrer, por exemplo, do
carácter disfórico, isto é, experiencialmente desagradável de algumas
emoções (e.g. tristeza, medo ou zanga), mas também da dificuldade em
tomar consciência e aceder internamente àquelas que são as emoções
primárias que uma determinada situação suscita no indivíduo. Por sua
vez, o evitamento ou bloqueio emocional das emoções adaptativas
revela-se tendencialmente promotor de mal-estar psicológico, podendo
desencadear perturbações psicológicas (e.g. ansiedade ou depressão). Em
psicoterapia, a tomada de consciência, activação e reprocessamento
emocional afiguram-se fulcrais na promoção do bem-estar psicológico,
promovendo no indivíduo a capacidade de identificar as suas emoções,
experienciá-las e entrar em contacto com as suas necessidades
psicológicas.
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