Conceito de Emoção Primária
As emoções primárias
podem categorizar-se em emoções primárias adaptativas e emoções
primárias não adaptativas. O medo perante uma ameaça de perigo, a zanga
e o nojo face ao desafio e violação de limites do próprio, a alegria
face a uma fonte de satisfação e a tristeza perante uma perda
constituem-se como emoções primárias adaptativas, sendo facilitadoras do
ajustamento psicológico já que apresentam um valor de adaptação ao meio.
Estas emoções revelam-se indispensáveis ao funcionamento psicológico
saudável, sinalizando ao indivíduo as suas necessidades psicológicas e
permitindo-lhe escolher acções que promovam a sua satisfação e bem-estar
psicológico. Por outro lado, as emoções primárias podem ser não
adaptativas, sendo estas caracteristicamente aprendidas socialmente em
estádios precoces do desenvolvimento, na sequência de experiências de
insegurança que funcionam como situações traumáticas (e.g. medo ou zanga
face à proximidade ou empatia por parte de outros), podendo
generalizar-se em estádios ulteriores do desenvolvimento do indivíduo.
As perturbações psicológicas podem deste modo ser entendidas, à luz das
abordagens experienciais ou focadas nas emoções, com base em factores
emocionais, sendo a intervenção psicológica pautada pelo foco na
consciencialização, activação e reprocessamento das experiências
emocionais, permitindo ao indivíduo entrar em contacto com as emoções
primárias adaptativas e assim responder às suas necessidades
psicológicas.
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