Conceito de Contra-Transferência
A contra-transferência
é um dos mecanismos que surge na relação paciente - psicanalista,
durante o processo terapêutico de uma psicanalise. Refere-se aos
sentimentos, afetos, atitudes do terapeuta, conscientes e/ou
inconscientes, em relação ao seu paciente, à sua vida, a determinados
instantes da sua vida ou preocupações. Poderá ser observada inclusive na
própria relação que o terapeuta desenvolve como paciente.
O primeiro autor,
psicanalista, a nomear a contra-transferência foi Sandor Ferenczi (1873
– 1933), por volta de 1909. Sigmund Freud (1856 – 1939) reformulou-o,
principalmente na exigência do psicanalista ter consciência da
contra-transferência e domina-la, sendo uma exigência da técnica
psicanalítica. Este autor defende ainda, uma outra regra a este
propósito que é a de o terapeuta não deve transmitir nunca ao paciente
aquilo que sai do seu inconsciente. Também um aluno de Sandor Ferenczi,
Michael Balint (1896 - 1970), abordou o conceito, defendendo que do lado
do paciente está a resposta para os movimentos de contra-transferência e
que o psicanalista deverá reconhece-la, analisa-la, resolvê-la. Também
Mélanie Klein (1882-1960) reescreveu o mecanismo contra-transferência
contudo, colocou-o ao serviço da psicanalise, validando-a como
instrumento da terapia.
|
Procure outros termos na nossa enciclopédia
|
|
|