Biografia de Balint, Michael
Michael Balint nasceu
em Budapeste em 1896 oriundo de uma família da pequena burguesia
judaica. Contra a vontade do pai que era médico, também Michael Balint
estudou medicina, enveredando pela psicanalise através da sua primeira
mulher Alice Szekely-Kovacs que fez uma análise com Sandor Ferenczi
(1873 - 1933) que a tratou de uma agorafobia. Desta forma conheceu
Sandor Ferenczi e a psicanalise.
Michael Balint casou
com Alice em 1921. Iniciou análise com Hanns Sachs (1881 - 1947) e
seguiu a área da psicossomática, aliando a medicina, a psicanalise e a
psicologia, no tratamento de pacientes num hospital de caridade.
Instalou-se em Berlim e, iniciou uma segunda analise, desta vez com
Sandor Ferenczi, o analista da mulher.
Consta que o seu nome
verdadeiro era Michael Bergsmann e não Michal Balint. Bergsmann era nome
judeu que ele retirou da sua de identidade, adotando Balint para afirmar
que pertencia à nação húngara. Esta mudança de nome, foi efetuada no
pós-guerra e como revolta contra os alemães.
A sua esposa Alice
falece em 1939 e após alguns anos, M. Balint volta a casar desta vez com
Edna Oakeshott, sua ex-paciente. Mudou para Manchester com a sua mulher
e filho e depois para Londres, onde trabalhou na Clinica Tavistock.
Nesta tem oportunidade de conhecer Wilfred Ruprecht Bion (1897-1979) e
Jonh Rickman (1891 - 1951).
Também nessa clinica
conheceu Ednid Albu-Eichholtz, a sua terceira mulher, paciente de Donald
Winnicott (1896 – 1971). Dos seus trabalhos em psicanalise destacam-ses
as conceções de Case Work ou Falha Básica.
Case Work ou Grupos
Balint – trata-se de reuniões ou sessões de troca de relatos de casos
clínicos entre médicos e psicanalistas
Falha Básica – é
espaço que surge antes da instalação do édipo e descreve uma ausência –
uma terceira parte estruturante- de toda a realidade objetal. Segundo M.
Balint, o individuo fica entregue a si mesmo e é por isso levado a criar
algo a partir de si mesmo. Também poderá ser descrita como o espaço que
há entre as necessidades psicológicos e fisiológicas do bébe e o
cuidados maternos.
A falha básica poderá
ser associada ao espaço transicional avançado pelo seu colega de
profissão Donald Winnicott.
Das suas obras mais
importantes salientamos: “O médico, o seu Doente e a Doença”, (1957),
“Amor primário e Técnica Psicanalítica” (1965), “A Falha Básica”, 1968,
Seis Minutos por Paciente. Interações em consultas de medicina geral”,
(1973), entre outros.
Faleceu em 1970.
|
Procure outros termos na nossa enciclopédia
|
|