Conceito de Autocontrolo
Quantas
vezes nos encontramos em impasse entre uma gratificação momentânea e uma
gratificação/objetivo maior, a longo prazo? Comer um doce versus fazer
dieta; ir a uma festa versus estudar para o teste; comprar umas calças
novas versus poupar dinheiro para comprar um carro? Damos por nós
emaranhados num turbilhão de pensamentos e resoluções diferentes; apesar
de determinados a seguir a dieta, no momento crucial cedemos e comemos o
doce.
O autocontrolo
tem um papel de extrema importância na regulação do comportamento humano
e começou a ser estudo afincadamente nos anos 60.
O autocontrolo
tem a ver com a capacidade que as pessoas têm de alternar as suas
respostas, tentando que estas se coadunem com as suas ideias, valores,
moral, expetativas sociais e apoio na persecução de objetivos a longo
prazo. Simplificando, as escolhas de autocontrolo envolvem a escolha
entre um reforço pequeno e próximo e um reforço maior mas mais distante
no tempo, sendo que as preferências dos indivíduos podem apresentar
constantes alterações ao longo do tempo. O autocontrolo possibilita que
a pessoa restrinja ou substitua uma resposta, tornando assim a resposta
diferente possível.
Estudar
o autocontrolo providencia pistas para compreender a natureza e funções
do self. Do ponto de vista prático, o autocontrolo tem sido
estudado em vários contextos; tem-se verificado, por exemplo, que um
autocontrolo inadequado parece estar ligado a problemas comportamentais
e de controlo de impulsos, problemas emocionais, baixo desempenho
escolar, falta de persistência, dificuldades no desempenho de tarefas e
problemas relacionais.
Apesar
das diferentes linhas teóricas, Rehm e Rokke (1988) destacam 3
generalidades sobre o autocontrolo:
1) A pessoa
comporta-se de duas formas diferenciadas – uma pessoa controlada que age
em função do meio e uma pessoa ativa que controla as respostas internas
e externas. Ou seja, o sujeito é simultaneamente sujeito e objeto do
processo de mudança.
2) O paradigma do autocontrolo pretende ensinar as pessoas a desenvolver
respostas de autocontrolo.
3) A tentativa de salientar no indivíduo o papel regulador das
consequências a longo prazo em detrimento das
consequências
imediatas do comportamento.
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