Conceito de Associação Livre
Freud introduziu a associação livre como
método terapêutico alternativo ao método catártico tornando-se a
designada regra fundamental da cura psicanalítica e o meio privilegiado
de investigação do inconsciente (em conjunto com a interpretação dos
sonhos e dos actos falhados).
A associação livre
seria um compromisso assumido pelo analisando no âmbito do contrato
terapêutico em exprimir todos os seus pensamentos, imagens e emoções que
lhe surgissem sem selecção ou restrição. As associações podiam ser
suscitadas por meio de uma palavra, um elemento de um sonho ou qualquer
pensamento espontâneo. A associação livre seria uma regra imposta no
contrato terapêutico inicial e incentivada no decurso das sessões.
Freud definiu
algumas recomendações que constituem a regra da associação livre de
ideias: o paciente deveria colocar-se na posição de uma atenta
auto-observação e comprometer-se com a mais absoluta honestidade não
ocultando qualquer ideia mesmo que lhe parecesse desagradável,
incoerente, não pertinente ou desprovida de interesse.
Com a evolução da
psicanálise a associação livre deixou de ser considerada como a forma
fundamental de o analisando permitir um acesso ao seu mundo
inconsciente, havendo igualmente um enfoque nas diversas formas de
linguagem não-verbal: entoação, linguagem corporal e gestual, silêncios,
somatizações, actings. Deixou também de ser vista como uma imposição do
contrato terapêutico para passar a ser uma técnica de facilitação que
permite que o paciente possa vivenciar livremente antigas experiências
emocionais e possa pensar, sentir e actuar ao seu próprio ritmo e modo.
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