Conceito de Arrependimento
Todos nós, em algum
momento da nossa vida, já nos arrependemos de algo. Ou de uma palavra
proferida, de uma acção feita, de uma escolha, de uma atitude ou, até,
de um pensamento. Arrepender faz parte de todos os seres humanos e é dos
sentimentos mais comuns e mais naturais que podemos sentir. Todos já o
experienciaram e todos sabem o que provoca. O arrependimento acarreta
consigo um conjunto de factores que podem prejudicar o bom funcionamento
da pessoa. Trata-se de uma reacção emocional para os actos pessoais e
comportamentais que as pessoas tomam, servindo muitas vezes como uma
“desculpa” para determinadas atitudes ou decisões pouco benéficas para a
pessoa. Muitas vezes os termos arrependimento e remorso são confundidos,
ou assumidos como sendo sinónimos no entanto, o arrependimento vai muito
além do remorso. No remorso não há uma verdadeira sensibilização para o
mal ou prejuízo que a atitude ou a palavra ou os comportamentos
provocaram. Há antes, uma punição que a pessoa usa para aliviar a
consciência acerca do malefício. No arrependimento a pessoa tem essa
sensibilização e sente-se mesmo arrependida das consequências que os
seus actos tomaram. Assim, há uma tristeza causada pelo pesar do
arrependimento que não está patente nos remorsos. Para aliviar e lidar
melhor com o arrependimento na medida em que este pode, em casos
exacerbados, vir a tornar-se patológico a pessoa deverá aceitar os seus
erros e não se tornar ansioso com o peso da culpa, estruturar o
pensamento e lidar com os pensamentos negativos e destrutivos que vão
surgindo e não se culpabilizar. Muitas vezes a pessoa tende para se
culpabilizar em excesso, levando o arrependimento ao extremo devido aos
erros de percepção, isto é, a uma falha na interpretação das reais
consequências para si e para os outros dos seus actos.
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