A Glândula Salivar Parótida,
frequentemente designada apenas como parótida, é a maior
glândula salivar nos humanos. É uma glândula salivar exócrina.
Nos humanos, ela localiza-se, no ramo da mandíbula e o processo
estilóide do osso temporal, junto às orelhas direita e esquerda.
Está junto ao côndilo da mandíbula e segrega saliva através do
Canal de Stenon (ou Ducto da Parótida). Este é um pequeno ducto
na cavidade oral junto ao segundo molar maxilar. O facto dos
molares superiores estarem junto a canais secretores de saliva,
é comum que o tártaro se acumule mais em vestibular dos molares
do que noutros lugares. A maior parte da saliva serosa é
produzida pela parótida. A saliva produzida pela parótida é
assim visto que a porção secretora da glândula é formada
exclusivamente por células serosas, contendo grânulos de
secreção ricos em proteínas e alta actividade da enzima amílase.
No entanto, a sua localização facilita a mastigação e o início
da digestão. Além disto, esta glândula é atravessada pela
artéria carótida externa e também pelo nervo facial e suas
ramificações.
Da mesma maneira que as outras
glândulas salivares o tecido conjuntivo é rico em plasmócitos e
linfócitos o que torna a saliva rica em IgA.
Esta Glândula recebe o nome de
Parótida, em vista da sua localização. Parotid é uma palavra
grega que Significa ao Lado (Para), do ouvido (Otós).
A glândula parótida está sujeita a
lesões, infecções virais e bacterianas, neoplasias, cálculos e
reacções fibrosas.
Papeira
A forma de lesão mais comum da
parótida é a parotidite infecciosa, vulgarmente conhecida como
papeira. A Papeira é uma doença de transmissão infecciosa, e é
causada pelo vírus da parotidite infecciosa (paramyxovirus).
Por ser aparentado do vírus que provoca o sarampo é uma das mais
comuns doenças a afectar as crianças, e regra geral é inócua e
de fácil tratamento em apenas algumas semanas. Contudo, no
adulto pode trazer sérias complicações. A principal
característica desta infecção é a inflamação de uma ou de ambas
as glândulas parótidas. É uma doença altamente infecciosa, e o
vírus pode ser transmitido por gotículas transmitidas por
espirros, tosse, respirar em ambientes fechados, ou inclusive
por contacto directo com a saliva infectada. Visto que, pode ser
transmitido por saliva é bom em todas as ocasiões manter as
medidas de precaução universal. Sendo assim, é bom que se evite
partilhar talheres, pratos e copos. O vírus tem a habilidade de
sobreviver fora do organismo por algumas horas, e ser
transmitido por meio de cumprimento após tossir e espirrar. A
pessoa com papeira pode contaminar outros, desde 6 dias antes do
início do aparecimento dos sintomas até cerca de 9 dias após o
início dos sintomas. O período de incubação do vírus (período de
tempo desde que o utente foi infectado até o momento em que os
sintomas começam a manifestar-se) pode ser de 14-25 dias.
A papeira causa um aumento da
glândula parótida sem exsudado, no entanto, também pode acometer
outros órgãos (como outras glândulas salivares). No caso dos
homens, existem complicações se a papeira aparecer após a
puberdade.
Os sintomas da papeira são:
Inchaço da glândula parótida (com frequência, ambas as
glândulas); febre, cefaleias, inflamação da garganta, perda de
apetite, náuseas, vómitos. No caso dos adultos pode ocorrer dor
nos testículos em homens (em cerca de 30 por cento dos casos),
ou nos ovários no caso das mulheres (em cerca de 5 por cento dos
casos).
Se no caso de adolescentes e
adultos, esta não for tratada de forma adequada desde o início
do aparecimento dos sintomas, pode provocar complicações no
sistema nervoso central (meningoencefalite), nos testículos
(orqui-epidimite), podendo resultar (em poucos casos), em
surdez.
A principal maneira de
diagnosticar a papeira é através do exame físico e da observação
das glândulas parótidas. Também o tratamento da mesma é através
do tratamento dos sintomas, como analgésicos e/ou
anti-inflamatórios. Visto que é uma doença contagiosa, seria
importante ficar confinado em casa durante o período da doença.
Cálculos
A Sialolitíase é a formação de
cálculos ou pedras nas glândulas salivares. Podem ocorrer quando
o nível de cálcio na saliva é elevado. Podem ter diferentes
tamanhos, e o seu tratamento passa pela remoção do cálculo. O
cálculo pode trazer dores e fazer aumentar o tamanho da glândula
parótida, visto que pode impedir a saída de saliva pelo ducto de
Stenon. O tratamento é feito pelo cirurgião maxilo-facial e
geralmente consiste numa estimulação glandular usando uma
substância cítrica, através da massagem e hidratação, ou se for
um cálculo muito grande terá que ser um procedimento cirúrgico.
Antibióticos são muitas vezes associados ao tratamento destes
casos.