Apresentação dos Tipos de Comunicação
Enfermeiro-utente
A fase de execução dos cuidados de
enfermagem constitui o momento da realização do plano de intervenção e é
uma etapa privilegiada para comunicar com o utente, tocá-lo, escutá-lo.
O enfermeiro põe então em prática as suas distintas capacidades de
relação.
Assim, existem 2 tipos de comunicação: a
comunicação verbal e a não-verbal.
A comunicação verbal consiste no uso de
palavras que tanto pode ser conseguido através da escrita como da
palavra falada. Exemplos: a fala, a comunicação escrita e a linguagem
gestual e Braille.
Já a comunicação não-verbal consiste no
conjunto de comportamentos que transmitem a mensagem sem usar palavras,
muitas vezes como suplemento de comunicação verbal. Exemplos: a
linguagem corporal (a aparência pessoal, as mudanças conscientes e
inconscientes da expressão facial, a postura corporal e gestual, a
distância que mantemos e como tocamos nos outros). Existem alguns
componentes não-verbais importantes na linguagem não falada tais como: a
ênfase (diz respeito à parte da palavra, expressão ou frase que é
enfatizada através da mudança de tom ou prolongamento da sílaba); a
promoção característica (por si só pode provocar perda de clareza no
discurso podendo tornar-se uma dificuldade em comunicar); o timbre
(refere-se à cultura da voz e resulta das vibrações das cordas vocais);
a pausa (as pausas pontuam o discurso com períodos de silêncio ou com
sons sem palavras, muitas vezes a pausa indica-nos que a pessoa está a
pensar no que e se deve dizer); a entoação (corresponde à variação dos
padrões de ênfase e pausa numa frase, diferindo consoante o discurso é
formal ou informal); a velocidade (muito rápido pode indicar-nos
nervosismo ou agitação); o tom (geralmente uma voz alta indica zanga ou
frustração) e a qualidade (mede a clareza, rouquidão ou nasalidade da
pessoa que fala).
Existem ainda 3 tipos de comunicação, mas
estas segundo o objetivo: comunicação funcional, pedagógica e
terapêutica (de relação de ajuda).
A comunicação funcional tem como objetivo
diminuir a falta de informação das pessoas, que constitui uma fonte de
dificuldade para a satisfação das necessidades. É um momento
privilegiado para informar o utente sobre o seu problema de saúde e o
seu tratamento, prevalecendo durante a execução dos cuidados. Esta falta
de conhecimentos é detetada pelo enfermeiro através do contacto com o
utente e na recolha de dados. A informação pode ser dada de um modo
informal, quando administra uma terapêutica ou executa os cuidados de
higiene, ou formal, quando exige a elaboração de um plano de ensino.
No que respeita à comunicação pedagógica,
este tipo de comunicação apenas dá a informação, não tendo como objetivo
o ensino do utente. Estabelece-se nas relações diárias entre utente e
enfermeiro, facilitando a interação entre ambos.
Por fim, a comunicação terapêutica permite
estabelecer laços significativos entre enfermeiro e utente,
manifestando-se atitudes de aceitação, respeito caloroso e compreensão
empática. A principal função do enfermeiro não é aconselhar o utente mas
sim apoiá-lo para que ele próprio consiga ultrapassar as suas
dificuldades.
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