MUDANÇA: COMO
PROMOVÊ-LA?
No
ambiente de turbulência e mudança constante em
que vivemos, as organizações enfrentam o desafio
de potenciar a adopção de práticas de
desenvolvimento
organizacional
de forma a contribuir para o incremento da sua
capacidade de adaptação aos desafios e problemas
decorrentes do actual contexto económico e
social, reforçando a empregabilidade dos seus
activos, promovendo a qualidade de vida no
trabalho e o crescimento sustentado da
organização.
Importa
portanto encontrar uma metodologia, que minimize
os riscos da mudança e providencie alguma
garantia em termos de resultados. Ora
considerando o desenvolvimento organizacional
como a realização de um esforço contínuo e
planeado, com o objectivo de aumentar a eficácia
na organização, orientado para o seu potencial
humano no sentido de desenvolver competências,
propõe-se às empresas, como 1ª etapa, que
recorrerão a um instrumento de diagnóstico
organizacional, a Avaliação do Clima
Organizacional, que representa na prática um
primeiro passo para o envolvimento e
participação dos trabalhadores no estudo da
realidade concreta da empresa.
A
metodologia
subjacente ao projecto de desenvolvimento
organizacional em questão, assenta numa lógica
de investigação - acção, que associa a
análise à transformação da situação
estudada, construindo-se como modo de
conhecimento capaz de dar conta da complexidade
das questões em jogo no projecto e que envolvem
Pessoas, procurando articular as diversas
problemáticas, intervindo em diversas situações
reais e construindo uma mudança evolutiva
através de novas práticas a assumir por todos os
actores da empresa.
Pretende-se
criar uma dinâmica relacional que facilite a
mudança de atitudes e das relações dos actores,
que têm estatutos diversos, com os conceitos e
com a acção propriamente dita, melhorando as
suas competências em matéria de desenvolvimento
organizacional e condução de processos de
mudança.
Esta
metodologia,
no meu entender, permite de entre outros:
- Abordar
a complexidade do contexto real da empresa,
envolvendo os seus actores de forma a
conhecer, analisar e sistematizar os processos
de construção das práticas organizacionais;
-
Articular
a investigação, com a participação
conjunta dos trabalhadores e a intervenção no
terreno, produzindo novos conhecimentos que vão
enriquecer as práticas empresariais e
organizacionais;
-
Desocultar
implícitos,
espaços e mecanismos sem iludir dificuldades de
várias naturezas (das dinâmicas e rotinas
institucionais e
pessoais
aos bloqueios afectivos e relacionais),
reconhecendo-as como questões reais e
pertinentes;
-
Melhorar
a comunicação e divulgação internas.
Considero
que esta metodologia serve os interesses das
organizações, no sentido de garantir a
apropriação de conceitos, princípios e
metodologias de abordagem e análise da situação
organizacional, incrementando a flexibilidade
funcional e a produtividade, contribuindo para a
qualificação dos trabalhadores e para a
implementação de soluções de mudança sustentada,
evolutiva e participada e não imposta.
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