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Conceito de Sinfonia
O termo Sinfonia designa um tipo de composição musical,
adaptada da sonata, escrita para orquestra e que geralmente é composta
por vários andamentos ou secções independentes, embora por vezes existam
sinfonias compostas num único andamento. A sinfonia pode também incluir
peças para voz, coro ou instrumento sem acompanhamento.
Estrutura da Sinfonia:
O esquema da sinfonia é geralmente
composto por quatro andamentos e cuja estrutura é a seguinte:
. Primeiro Andamento: é escrito segundo as
características da forma da sonata, a qual inclui três divisões básicas:
a exposição (apresentação do tema), o desenvolvimento (auge do tema
através da utilização de recursos como as
modulações, as cadências e a dinâmica), e
a reexposição (repetição do tema apresentado na exposição mas com
algumas modificações técnicas).
. Segundo Andamento: andamento de
tempo lento, escrito segundo uma forma
tripartida que pode recorrer à estrutura da sonata ou a outras formas,
como por exemplo o rondó ou as variações.
. Terceiro Andamento: andamento composto
por minueto e trio ou por scherzo e trio, em que o
tempo é moderadamente rápido.
. Quarto Andamento: é escrito segundo a
forma do rondó ou, por vezes, da sonata e em que o
tempo é rápido.
Evolução Histórica da Sinfonia
As origens da sinfonia podem ser
encontradas na música do Barroco e mais concretamente no chamado
Concerto Ripieno. Durante o século XVIII e com a chegada do Classicismo,
este género musical foi-se reafirmando e tomando a sua forma. Para tal
foi decisivo o contributo inicial de compositores como Sammartini ou
Pergolesi e mais tarde dos membros da Escola de Mannheim. Destacam-se os
casos de Mozart e de Haydn com brilhantes composições e que abrem o
caminho para Beethoven, o representante máximo da Sinfonia Clássica. No
modelo de Beethoven, é estabelecida a estrutura em quatro andamentos e
são assentes as bases dos conjuntos orquestrais. Com a chegado do
Romantismo, diversos compositores, entre os quais Shubert, Mendelssonhn,
Schumann e Brahms, aperfeiçoam o modelo e convertem a sinfonia num canal
preferencial de expressão do Romantismo. Já no século XIX e início
do século XX é a vez de Dvorak, Tchaikovsky, Sibelius, Mahler e Bruckner
darem também importantes contributos. Uma referência ainda para outros
importantes sinfonistas como Stravinsky, Prokofiev e Shostakovich.
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