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Apresentação do Livro "A Festa do Chibo" de
Mário Vargas Llosa
"A Festa do Chibo" é mais uma das obras
magistrais de Mário Vargas Llosa (Prémio Nobel da Literatura em 2010),
na qual este recupera uma tradição na lite ratura
latino-americana: o romance sobre ditadores. Nesta obra, Lhosa retrata a
ditadura de Rafael Leónidas Trujillo, na República Dominicana, narrando
o medo e o terror vivido durante os
anos do seu governo, nomeadamente os anos que antecederam o seu
assassinato e o processo de transição do país para a democracia. Nela
está bem patente o talento do autor para gerir conflitos, criar tensões,
criar tensões, descrever situações, revelar as razões humanas que se
ocultam por detrás dos factos históricos, para poder criar personagens
que inspiram no leitor repugnância e compaixão.
É interessante verificar a forma como as
personagens se movem consoante os seus próprios interesses, passado por
cima daquilo que elas próprias sabem ser moralmente correto, por vezes
contrariando mesmo o que defenderam durante anos e sem qualquer tipo de
arrendimento, apenas com o objectivo de ascenderem e se manterem no
poder. É também interessante verificar como a memória das pessoas é
muito curta, esquecendo-se frequentemente das atrocidades praticadas
pelos regimes ditatoriais.
Apresenta-se assim como um bom livro para
refletir sobre até onde consegue ir a ansia de algumas pessoas pelo
poder.
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